top of page

CRISTOFOBIA - A SÉRIE: ARÁBIA SAUDITA

  • Isis Marcelino
  • 24 de mar. de 2015
  • 4 min de leitura

A Arábia Saudita, é o maior país árabe na Ásia Ocidental por tamanho do território e o segundo maior do mundo árabe. Possui fronteiras com sete países. Grande parte de seu território é desértico, com a presença de alguns poucos oásis. A maioria dos sauditas vive em grandes cidades, tais como Meca (o coração do islã, para onde todos os muçulmanos do mundo devem peregrinar pelo menos uma vez na vida), Medina (cidade sagrada e centro cultural) e Ad Damman (produtora de petróleo).

Acredita-se que a Arábia Saudita era o lar original de alguns povos bíblicos, como os cananeus e os amorreus. O primeiro grande acontecimento que marcou a Arábia Saudita foi o nascimento de Maomé, em 570. Por seu intermédio, o islã foi fundado no século VII e, desde então, as batalhas políticas e históricas ocorridas no país ficaram restritas às várias vertentes islâmicas lutando pelo poder.

Treze séculos mais tarde, o povo seguia o islamismo, enquanto camelos e tendas ocupavam os desertos. No entanto, o primeiro reservatório de petróleo foi descoberto e o país iniciou um amplo programa de modernização. Desde então, o reino da Arábia Saudita tem procurado caminhar sobre uma frágil linha entre o relacionamento com o mundo exterior e o isolamento para preservar a pureza da fé islâmica. O islamismo é praticado por 100% da população saudita. O sistema legal do país é baseado em uma interpretação própria da sharia. O islamismo é a religião oficial, e a lei requer que todos os cidadãos sejam muçulmanos. A Arábia Saudita é o coração do islã e abriga as mais sagradas localidades islâmicas. Quase um milhão de peregrinos acorre ao país todos os anos.

Relatórios da Pew Forum apresentam a Arábia como um dos 18 países em que o diálogo para a liberdade de religião é inexistente e não há disposição do governo para caminhar no sentido de liberdade de expressão, religião ou culto no país. O governo não reconhece legalmente a liberdade religiosa e nem lhe dá proteção. A prática pública de religiões não-muçulmanas é proibida. No que diz respeito à política pública, o governo afirma garantir e proteger os direitos de cultos privados para todos, incluindo não-muçulmanos que se reúnem em casas; no entanto, esse direito não é sempre respeitado na prática e não está definido na lei. O islamismo é a religião oficial e a lei exige que todos os cidadãos sejam muçulmanos. De acordo com a sharia, a apostasia (abandono do islamismo) é considerada um crime punível com a morte se o acusado não se retratar.

O governo proíbe a prática pública de religiões não-muçulmanas. O governo reconhece o direito de cristãos estrangeiros cultuarem em particular. Entretanto, na prática ele nem sempre respeita este direito. As pessoas detidas pela prática do culto não-muçulmano quase sempre são deportadas pelas autoridades, algumas vezes, depois de longos períodos de detenção. Em alguns casos, são também sentenciadas a açoites antes da deportação.

Atualmente, a maioria dos cristãos no território saudita é constituída de estrangeiros que vivem e trabalham nas bases militares ou para as companhias de petróleo. Há um pequeno grupo de cristãos sauditas não declarados, vivendo sob constante temor de serem descobertos, presos e executados. Eles encaram os novos convertidos não com júbilo, mas com medo e suspeita. Essa atitude impede o crescimento da Igreja. Há convertidos sauditas, mas é extremamente difícil se chegar a um número exato, pois não estão organizados em igrejas, nem em grupos domésticos. Os não-muçulmanos são rigorosamente proibidos de entrar na cidade sagrada de Meca; os que ultrapassam os limites podem ser mortos. Além disso, os cristãos da Arábia Saudita vivem sob constante risco, isso devido à atuação de radicais islâmicos que podem tentar assassinar os líderes das comunidades cristãs ou infiltrar informantes entre os membros das igrejas. O governo oferece uma recompensa equivalente a um ano de salário – um prêmio tentador para muitos – a qualquer pessoa que denunciar uma reunião cristã. O governo não permite que clérigos não-muçulmanos entrem no país com o propósito de dirigir cultos, apesar de alguns o fazerem em segredo. Tais restrições tornam muito difícil para a maioria dos cristãos manter contato com clérigos e frequentar cultos.

O proselitismo e a distribuição de materiais não-muçulmanos, como Bíblias, são ilegais. As autoridades alfandegárias costumam abrir correspondências e carregamentos à procura de contrabando, incluindo materiais cristãos, como Bíblias e fitas de vídeo. Tais materiais estão sujeitos ao confisco, apesar das normas parecerem aplicar-se arbitrariamente. A linguagem ofensiva e discriminatória sobre cristãos é vista nos livros-texto das escolas públicas, nos sermões das mesquitas e nos artigos e comentários na imprensa. Em agosto de 2008, Fatima al-Mutari, a filha de 26 anos de um clérigo muçulmano, foi assassinada por seu irmão em Buraydah, Arábia Saudita, depois que contou à família sobre sua conversão. O contato de Fátima com outros cristãos era limitado a fóruns na internet e conversas telefônicas.

Saiu nos jornais:

Arábia Saudita decreta pena de morte para quem carregar Bíblia http://noticias.gospelprime.com.br/arabia-saudita-pena-morte-biblia/ Cristãos são condenados a 500 chibatadas e 10 anos de prisão na Arábia http://www.ligadonogospel.com/2013/05/cristaos-sao-condenados-500-chibatadas.html Jornalista relata que “famílias inteiras estão se convertendo ao Evangelho” na Arábia Saudita http://noticias.gospelmais.com.br/jornalista-familias-convertendo-evangelho-arabia-saudita-65651.html

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating

@2014  Quem deu crédito à nossa pregação? Isaías 53:1

bottom of page