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TESTEMUNHAS DE JEOVÁ - A ORIGEM

  • Isis Marcelino
  • 8 de jul. de 2017
  • 18 min de leitura

Atualizado: 4 de jan.

Desde 2010, existem mais de 7 milhões de Testemunhas de Jeová ativas em todo o mundo, em mais de 230 países. Eles são a "religião" com mais rápido crescimento na antiga União Soviética, mas apesar disso a grande maioria das pessoas não fazem a menor ideia de como ela surgiu. Este estudo não tem a intenção de descriminar, mas apenas de informar.

Charles Taze Russell
Charles Taze Russell.

A história dos Testemunhas de Jeová começa com um homem chamado Charles Taze Russell, americano, de família presbiteriana. Russell era um sincero estudante da Bíblia que desejava servir a Deus, mas questionava certas doutrinas ensinadas por sua igreja local, das quais se destacam: o inferno e a predestinação.

Após alguns anos, um pouco mais velho, Russel assiste uma reunião Adventista: "Como que por acaso, certa noite visitei uma sala... Ali, pela primeira vez, ouvi algo sobre os conceitos dos adventistas (Igreja Cristã do Advento), sendo o Sr. Jonas Wendell o pregador… O que ouvi me fez voltar à minha Bíblia para estudá-la com mais zelo e cuidado do que nunca antes, e serei sempre grato ao Senhor por esta orientação; pois, embora o adventismo não me tenha ajudado em nenhuma verdade específica, ajudou-me grandemente a desaprender erros, e assim me preparou para a Verdade." - Testemunhas de Jeová - Proclamadores do Reino de Deus.

A partir de então, Russell cria um grupo de estudos bíblicos que foi crescendo e passou a ser conhecido como os "russelitas", com o objetivo de contrariar os ensinos que considerava errôneos, escreveu e publicou, diversos folhetos e livros, com ampla distribuição, de seus novos ensinos. Para divulgar esses novos ensinos, em 1879, Russell começou a publicar, em inglês, a revista "A Torre de Vigia de Sião e Arauto da Presença de Cristo", hoje mundialmente conhecida como "A Sentinela - Anunciando o Reino de Jeová". Em 1881 (oficialmente em 1884) ele funda a "Sociedade Torre de Vigia de Tratados de Sião", junto com outros associados, e posteriormente esse grupo que já havia se espalhado por diversos países, adota um novo nome, "Testemunhas de Jeová", baseados em Isaías 43:10-12.

Revista: A Torre de Vigia de Sião e Arauto da Presença de Cristo.

Revista: A Sentinela - Anunciando o Reino de Jeová

Russell foi o primeiro presidente da Sociedade (1884-1916) e seus novos ensinos defendiam:

  • Que a doutrina da Trindade não era bíblica, somente Jeová é Deus, e Criador;

  • Que Jesus Cristo foi a primeira criação de Jeová;

  • Que o Espírito Santo não é uma pessoa, mas sim uma força ativa, invisível, de Deus;

  • Que a alma não é imortal, mas mortal;

  • Que a punição pela maldade (inferno) não seria um tormento eterno, mas um aniquilamento;

  • Que primeiro seriam remidos da terra 144.000 homens e mulheres, para serem co-herdeiros de Cristo no reino celestial;

  • Que depois, por meio do resgate de Jesus, muitos outros, incluindo os ressuscitados dentre os mortos, atingiriam a perfeição humana, com a perspectiva de vida eterna na Terra, numa espécie de resgate ao Éden original;

  • Que a presença de Cristo neste reino seria invisível, em espírito;

  • Que no "Tempo dos Gentios", durante os quais a soberania de Deus não estava sendo expressa por meio de algum governo na Terra, seria então estabelecido no céu o Reino de Deus.

Estes ensinos básicos iniciais ainda permanecem até hoje para as Testemunhas de Jeová, mas Russel também ensinou e publicou muitas outras doutrinas que a atual Sociedade Torre de Vigia rejeita totalmente e considera como sendo de origem pagã. A própria logo original da Sociedade tinha uma cruz (como você pode ver), mas hoje essa mesma cruz é totalmente rejeitada por eles, sob a alegação de ser um símbolo pagão, ou seja, aquilo que foi a princípio ensinado por eles como a verdadeira revelação, hoje é rejeitado e totalmente proibido.

No Douglas Walsh Trial em 1954, na Escócia, Fred Franz, que foi presidente da Torre de Vigia de 1977-1992, foi questionado acerca das constantes mudanças de doutrina na Sociedade. Veja o que ele respondeu:

Q. De modo que aquilo que hoje é publicado como verdade pela Sociedade, pode ter de ser considerado errado alguns anos depois?

A. Temos de esperar para ver.

Q. E enquanto isso a comunidade das Testemunhas de Jeová fica seguindo um erro?

A. Elas ficam seguindo uma interpretação errada das Escrituras.

Q. Um erro?

A. Sim, um erro.

-Douglas Walsh Trial, Pursuer’s Proof, 1954, pág. 114


Russell, um homem polêmico.

Em 1892, os pontos de vista de Russell e seu estilo de gestão foram fortemente criticados por indivíduos associados ao seu "ministério", que circularam um artigo acusando Russell de ser um líder ditatorial e um empresário perspicaz, que parecia ansioso para coletar fundos de venda dos seus livros.

Em 1897, a esposa de Russell, Mary, o deixou depois de um desentendimento sobre o gerenciamento da revista Zion Watch Tower. Em 1903, ela pediu separação judicial por motivos de "crueldade mental", referindo-se ao celibato forçado, frieza e ao frequente tratamento indiferente que recebia por parte dele. A separação foi concedida em 1906, com Russell sendo obrigado a pagar pensão alimentícia. Durante o julgamento, o advogado da Sra. Russell alegou que, em 1894, o Sr. Russell havia se envolvido com Rose Ball, uma mulher de 25 anos. Posteriormente o júri decidiu a favor de Russel.

Em 1911, o jornal "The Brooklyn Daily Eagle" informou que Russell foi acusado de obter lucro de uma cepa de trigo chamada "Miracle Wheat" (Milagre do Trigo) da KB Stoner de Fincastle, Virgínia , que afirmou ter descoberto essa fraude. Russell vendeu o trigo por US $60 por alqueireiro, muito acima do custo médio do trigo no momento. Ao longo de 1912 e 1913, a Eagle continuou a relatar a fraude de Russell, que processou o periódico por difamação, mas perdeu. Antes de entrar no tribunal, a Eagle declarou: "o julgamento mostrará que o culto religioso do pastor Russell não é mais do que um esquema de lavagem de dinheiro ".

Vários críticos alegam que vários símbolos empregados por Russell em suas literaturas são de origem maçônica, e que tais associações implicavam que ele estava envolvido em atividades ocultas. Em edições posteriores da série Estudos nas Escrituras , um disco solar alado (símbolo pagão) foi estampado na capa, um símbolo que também está associado à Maçonaria. Críticos também afirmam que a pirâmide (outro símbolo pagão) perto do túmulo de Russell (foto abaixo) é maçônica. A Grande Loja da Colúmbia Britânica e do Yukon disse oficialmente que Russell não era um Maçom, mas ao longo de seu ministério, ele disse que acreditava que a identidade cristã era compatível com a Maçonaria. Russell morreu em 31 de outubro de 1916.

Pirâmide sobre o túmulo de Russel

A pirâmide sobre o seu túmulo foi desenhada por um integrante do grupo chamado Bohnet, sob o pedido de Russel e construída após a sua morte por seu sucessor, Rutherford. A pirâmide é um símbolo pagão desde a antiguidade, encontrada entre os principais povos praticantes de magia e muito usada na maçonaria até hoje. Esta pirâmide em especial tem o mesmo destaque no seu topo da pirâmide maçônica, onde geralmente fica o olho que tudo vê, e também um grande destaque para o livro, que também é um dos principais símbolos sagrados para a maçonaria.

A Tradução Novo Mundo

Bíblia Tradução Novo Mundo

Em 1950, a Sociedade Torre de Vigia lançou a sua própria tradução da Bíblia, a Tradução do Novo Mundo, sob a alegação de trazer uma tradução mais exata, imparcial e atual. A Sociedade afirma que o Comité da Tradução do Novo Mundo foi composto de eruditos altamente versados em grego, mas quando alguém procura averiguar as credenciais desses tradutores, essa pessoa descobrirá que a Sociedade é incapaz de dar essa informação, afirmando que o Comité deseja que toda a glória desta tradução seja atribuída a Jeová Deus e assim os seus tradutores desejam permanecer anônimos.

Em 1969, a Sociedade Torre de Vigia produziu "A Tradução Interlinear do Reino das Escrituras Gregas", “apresentando uma tradução literal palavra-por-palavra para o inglês debaixo do texto grego, tal como editado em ‘O Novo Testamento no Grego Original – O Texto Revisado por Brooke Foss Westcott D.D. e Fenton John Anthony Hort D.D." Agora observe alguns trechos da Tradução Novo Mundo se comparados a Almeida Corrigida e Revisada Fiel e A Tradução Interlinear do Reino das Escrituras Gregas, por exemplo:

Exemplo 1:

Colossenses 2:9 (Almeida Corrigida e Revisada Fiel):

"Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade;"

Colossenses 2:9 (Tradução Novo Mundo):

"porque é nele que toda a plenitude da qualidade divina mora corporalmente."

Colossenses 2:9 (Tradução Interlinear - parte em destaque):

"toda a plenitude da divindade reside em Cristo."

*Nota: O Estudioso Grego Joseph Henry Thayer afirma que a palavra grega usada aqui “Theotes” significa literalmente “divindade, ou seja, o estado de ser Deus.” –The New Thayer’s Greek English Lexicon of the New Testament, 1974 pg. 288. Note que a Tradução Novo Mundo tira a divindade de Cristo na frase, aplicando-lhe apenas a qualidade divina.

Exemplo 2:

Colossenses 1:16,17 (Almeida Corrigida e Revisada Fiel):

"Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele."

Colossenses 1:16,17 (Tradução Novo Mundo):

"pois por meio dele foram criadas todas as outras coisas nos céus e na terra, as coisas visíveis e as coisas invisíveis, quer sejam tronos, quer domínios, quer governos, quer autoridades. Todas as outras coisas foram criadas por meio dele e para ele. Também, ele já existia antes de todas as outras coisas, e por meio dele todas as outras coisas vieram a existir."

Colossenses 1:16,17 (Tradução Interlinear - parte em destaque):

"Cristo criou todas as coisas...

*Nota: A Sociedade Torre de Vigia insere a palavra “outras” nesta passagem, a fim de torná-la compatível com a sua doutrina de que Cristo foi criado, então para a Sociedade, Cristo seria a primeira criação e as "outras" coisas vieram "depois" dele, por "meio dele".

Exemplo 3:

Gálatas 2:20 (Almeida Corrigida e Revisada Fiel):

"Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim."

Gálatas 2:20 (Tradução Novo Mundo):

"Estou agora pregado na estaca com Cristo. Quem vive não sou mais eu, mas é Cristo que vive em união comigo. De fato, a vida que agora vivo na carne, eu vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim."

Gálatas 2:20 (Tradução Interlinear - parte em destaque):

"Cristo está vivendo em mim.

*Nota: A palavra que indica a crucificação é trocada. Há uma grande diferença entre estar “em união” com Cristo e estar realmente “em Cristo”.

Há muitas outras passagens como as mostradas acima, onde o contexto da Tradução Novo Mundo foi alterado com a adição de palavras, vírgulas entre outros, para se adequarem as suas interpretações sobre a Bíblia. Diferentemente das outras traduções da Bíblia, a maior prioridade da Tradução do Novo Mundo foi o "restabelecimento do nome divino", a transliteração do original "Yahweh" para a versão aportuguesada "Jeová".


As profecias

A semelhança das profecias apocalípticas dos Adventistas, a Sociedade das Testemunhas de Jeová veem anunciando, desde a primeira revista "A Sentinela" em 1879, o fim do mundo, em diversas datas diferentes: 1914, 1915, 1918, 1925, década de 40, 1975 (O Tempo Está Próximo, 1886, pg. 101 - edição em inglês; O Tempo Está Próximo, edição 1915, pg. 101 - edição em inglês; O Mistério Consumado, 1917, pg. 485 - edição em inglês; Milhões que agora vivem jamais morrerão, 1920, pg. 97 - edição em inglês; A Sentinela, 1 Novembro, 1938, pg. 324 - edição em inglês; Ministério do Reino, Julho 1974, pg. 3).

 

"Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai." Mateus 24:36

 

Heresias

A heresia é caracterizada por todo e qualquer ensino que vá contra a Palavra da Verdade, que é a Bíblia, ainda que "biblicamente". Como assim? Satanás quando tentou a Jesus Cristo no deserto usou a própria Palavra, porém subvertida, contra o nosso Senhor. É exatamente assim que trabalham os falsos profetas ou hereges, usando a Bíblia para subverter a própria doutrina bíblica. Por isso é preciso haver unidade, pois os Textos Sagrados PRECISAM estar em conformidade com os ensinos de Jesus Cristo, e os ensinos apostólicos, esta é a base que o Senhor estabeleceu e que não pode ser revogada ou menosprezada.

 

"E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição." 2 Pedro 2:1

"Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema." Gálatas 1:8

 

A heresia é um pecado, um fruto da carne (Gálatas 5:19,20), que tem como principal característica o desvio da verdade, são as "novas interpretações" bíblicas que fogem a base já estabelecida pela Palavra, por Cristo e seus apóstolos. E quais são as heresias anunciadas pelas Testemunhas de Jeová?

1 - Negam a divindade de Cristo:

Usando o texto de João 14:28 afirmam que Jesus não era "igual" ao Pai, mas Filipenses 2:6,7 e Hebreus 2:9 respondem essa questão. Jesus é Deus que se fez homem, como homem comia, bebia, ORAVA, e não se colocava como igual ao Pai..., como Deus era adorado, não tinha pecado, era onisciente, era a plenitude da divindade.

2 - Adoração somente à Jeová, não à Jesus:

Lucas 4:8 reafirma que somente Deus deve ser adorado, por este motivo, se Jesus não fosse Deus, ele não seria e nem aceitaria adoração, nem de homens, nem de anjos (Hebreus 1:6), e sim, Jesus era ADORADO e não "homenageado", como dito na ATUAL Tradução Novo Mundo.

3 - Arcanjo Miguel = Jesus:

Essa é uma doutrina Adventista, que também foi adotada pelas Testemunhas de Jeová, mas a Bíblia apresenta muitas diferenças fundamentais entre Jesus e Miguel: Jesus é criador (João 1:3) x Miguel é criatura (Colossenses 1:16); Jesus é Adorado por Miguel (Hebreus 1:6) x Miguel não pode ser adorado (Apocalipse 22:8-9); Jesus é o Senhor dos Senhores (Apocalipse 17:14) x Miguel é príncipe (Daniel 10:13); Jesus é Rei dos Reis (Apocalipse 19:16) x Miguel é príncipe dos Judeus (Daniel 12:1).

4 - A Trindade não é bíblica:

Marcos 12:29 é a base de argumentação, mas a doutrina da Trindade não nega que Deus seja um, pois nela existem três MANIFESTAÇÕES de um único Deus, que é onipresente (Jeremias 23:23,24). Costumo usar a água como um belo exemplo que Deus nos deu, líquida, sólida ou gasosa, ela continua sendo "água", manifesta em três modos diferentes.

Gênesis 1:26 declara "façamos"; João 17:22 declara "como nós"; Leia também: Mateus 28:19; 1 Coríntios 6:19; Colossenses 2:9; e Apocalipse 1:7,8.

5 - Negam a personalidade do Espírito Santo (Força Ativa):

Dizem eles: "João Batista batizava com água, assim como Jesus disse que iria batizar no espírito. Da mesma maneira que a água não é uma pessoa, o espírito santo também não é uma pessoa (Mateus 3:11)". Nem vou comentar a linha de raciocínio desse argumento... Veja João 16:13; Atos 5:3,4; Romanos 8:26,27; 1 Coríntios 6:19; Tiago 4:5.

6 - Negam a ressurreição corporal de Cristo:

A Bíblia mostra que Jesus subiu ao céu e voltará de lá em um corpo físico (João 20:24-27; Atos 1:11). Além disso, 2 Reis 2 conta que Elias foi transladado ao céu em seu corpo físico, mostrando assim que o céu é um lugar real. Leia 1 Coríntios 15:14.

7 - Possuem sua própria Bíblia (Tradução do Novo Mundo):

A "Bíblia" que as testemunhas de Jeová usam contém uma série de modificações introduzidas ao texto com o único propósito de sustentar as doutrinas da Torre de Vigia.

"Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro;" Apocalipse 22:18

8 - Ênfase no nome Jeová, não em Jesus:

Aos olhos das Testemunhas de Jeová, os cristãos que oram a "Deus" ou ao "Senhor" estão na verdade orando à um falso deus, pois o verdadeiro Deus, Jeová, não ouve as orações a menos que elas sejam dirigidas a ele pelo seu nome. Jesus nunca usou o "nome" de Deus em suas orações, mas ainda sim elas sempre foram ouvidas, além disso o Espírito Santo instruiu Pedro a enfatizar o nome de Jesus (Atos 4:10-12).

9 - Visão errônea sobre o pós-morte e o estado eterno:

Para as Testemunhas de Jeová o "inferno" nada mais é do que a "sepultura comum da humanidade", pois as palavras “Sheol” (hebraico) e “Hades” (grego), traduzidas para "inferno" na maioria das Bíblias, significam "sepultura", por isso eles negam a existência de um "inferno" como um lugar de tormento eterno. Alegam também que o tormento eterno violaria a justiça de Deus, pois Deus é amor.

Nos textos originais da Bíblia porém, haviam algumas palavras que foram quase todas traduzidas por “inferno”, não somente "Sheol" e "Hades", mas também "Tártarus" e "Geena". "Sheol" e "Hades" realmente seriam melhor traduzidos por "sepultura" (o lugar onde os corpos se degradam e não há consciência), já "Tártarus" (grego) seria melhor traduzido por "mundo inferior" (lugar de trevas), é encontrado somente em 2 Pedro 2:4 e destinado aos anjos caídos (os espíritos em prisão), e "Geena" (hebraico) sim seria o "inferno", o lugar de tormento e fogo eterno que Jesus falou tantas vezes (Mateus 5:22,29,30; 10:28; 18:9; 23:15,33; Marcos 9:43,45,47; Lucas 12:5; Tiago 3:6), em referencia ao “Vale de Hinnon”, que no Velho Testamento simbolizava o local do juízo divino (Jeremias 7:32; 19:6,7) e nos dias de Jesus, servia como depósito de lixo incinerado, e recebia cadáveres de criminosos e animais. O inferno (geena) é o local para onde vão as almas daqueles que morrem sem Cristo, é um local temporário, pois após o Armagedom, a ressurreição dos mortos e o juízo divino, a morte, o inferno, Satanás e seus anjos, e todos os que não foram salvos em Cristo Jesus serão lançados no “lago de fogo e enxofre” (Apocalipse 20:11-14), este sim é o local eterno, onde ocorrerá o que é descrito como sendo uma "SEGUNDA morte".

A Bíblia diz que Deus é amor, mas também deixa muito claro que Deus também é justiça (Salmos 7:11; Salmos 94:2; Salmos 75:7; Salmos 119:137; João 16:8; Tiago 2:13; 2 Pedro 2:9). Como nós poderíamos acusar Deus de injustiça por punir os rebeldes, após tantos e tantos e tantos avisos e oportunidades de escolher "a vida" sendo obedientes (Deuteronômio 30:19), mas ainda sim escolhem a "morte" e a rebeldia?

10 - Os 144 Mil:

A doutrina Rutherfordiana dos 144 mil defende que somente esse número de pessoas poderá ir para o céu, baseados em uma nova interpretação de Apocalipse 14, e um segundo grupo ficará na Terra, baseados em textos como Mateus 5:5 [Dois apriscos? Deus fazendo acepção de pessoas?]. Essa doutrina definitivamente não foi pregada por Cristo ou pelos apóstolos e nem é bíblica, mais uma vez eu digo, não aceite textos fora de contexto! A Bíblia diz claramente quem são os 144.000 citados no capítulo 14 do livro de Apocalipse, os remanescentes convertidos de Israel (leia Apocalipse 7:4-8), e diz também que TODOS os salvos herdarão o reino dos céus (Mateus 5:12; João 14:1-3; Filipenses 3:20; Efésios 6:9; Apocalipse 7:9...).

11 - Paraíso Terrestre:

De acordo com a Sociedade Torre de Vigia, a oportunidade de ir para o céu terminou no ano de 1935, quando a Sociedade atingiu um número de membros maior do que os 144.000 [Vagas para a área vip preenchidas...], agora era preciso resolver outra questão: Se as vagas para o céu acabaram, qual será a esperança daqueles que ficaram? Cria-se então a teoria da "grande multidão", baseados em uma nova interpretação de Apocalipse 7:9, onde os que restam esperam sobreviver à destruição do resto da humanidade no Armagedom e viver para sempre o paraíso na Terra. O problema é que essa "grande multidão" citada está no céu. Leia o texto completo, e preste atenção no verso 11, há anjos, os 24 anciãos e os quatro animais (todos ceres celestiais) neste mesmo ambiente. Vá além, e repare que o verso 9 destaca que a "grande multidão" possui vestes brancas, e do verso 13 ao 14 é dito que eles estão vindo da grande tribulação, e suas vestes foram "lavadas no sangue do Cordeiro, ou seja, são os que morreram durante a grande tribulação, por Cristo e foram para o céu. Os textos mais usados por eles para defenderem o "céu na terra" são, textos que se referem ao milênio, que não é eterno, como o próprio nome já diz.

12 - Estaca:

Durante muito tempo a Sociedade Torre de Vigia usou a cruz (como já visto acima), mas em dado momento a cruz foi abolida como sendo um objeto pagão e sinônimo de idolatria. A STV mudou a cruz pela estaca a partir de 1930. A defesa desse argumento usa a tradução do termo original como base, pois a palavra grega traduzida por "cruz" é "staurov" (stauros) e o verbo é staurovw (stauroo), que significa: "empalação", "enforcamento", "estrangulamento", "estaca"... A palavra por si não define exatamente a técnica ou a forma da execução devido a sua variação, então para entender melhor a forma de execução usada é necessário recorrer ao contexto histórico, saber em que região se deu, em que época e sob que autoridade foi executada a sentença, além de conhecer o ponto de vista do escritor que emprega o vocábulo. A pena de morte pela cruz era uma prática conhecida na Grécia, e foi adotada pelos romanos. Só os romanos usaram a cruz como pena capital, e tal prática foi abolida por Constantino, na primeira metade do século IV. Nos dias de Cristo, conforme a história e a arqueologia mostram, existiam pelo menos quatro tipos de cruz: cruz de Santo André, no formato de um "X"; cruz grega, no formato de um "+"; cruz comissa, no formato de um "T"; e a cruz ímmíssa, a cruz mais conhecida hoje como "cruz cristã", todas compostas de DUAS PARTES, onde uma delas deveria ser carregada pelo condenado até o local onde seria crucificado. Pela placa com a inscrição posta sobre a cabeça de Jesus (Mateus 27:37; Lucas 23:38; João 19:19,20), pela necessidade do uso de uma lança para perfurar o corpo de Jesus, indicando que a cruz era alta, pelo relato de Tomé em João 20:24 (destacando os "cravos", no plural), fica claro que a opção que mais se adéqua é a cruz ímmissa.

De qualquer forma tenha em mente que o mais importante não é o objeto onde o sacrifício foi feito, mas quem estava lá.

13 - Refeição Noturna:

Em Mateus 26:27 o Nosso Senhor Jesus ordena que TODOS os seus façam a celebração da Santa Ceia, em memória Dele, comendo o pão e bebendo o cálice, porém as Testemunhas de Jeová tem ensinado aos seus que isso é opcional. Seus líderes têm ensinado que os novos crentes, convertidos a partir do ano de 1935, não devem comer e beber a Santa Ceia do Senhor, pois isso seria somente para os que vão para o céu [Lembra dos 144.000?]. Quando você decide não tomar o pão e o cálice, você decide desobedecer uma ordem de Jesus, decide não participar da Santa Ceia do Senhor, ainda que esteja reunido em nome Dele. Leia: João 6:53-56; Lucas 22:19.

14 - Transfusão de Sangue:

As Testemunhas de Jeová enxergam as transfusões de sangue como um ato contra os mandamentos bíblicos de se abster do sangue (Gênesis 9:4; Levítico 17:10; Deuteronômio 12:23; Atos 15:28, 29), apesar dos textos se referirem claramente ao ato de COMER o sangue, eles evitam tomar sangue por qualquer via.


Celebrações

Uma das características mais marcantes das Testemunhas de Jeová em relação as demais religiões ou seitas é o extremismo a respeito das chamadas "práticas pagãs da cristandade". Todas as práticas que as Testemunhas de Jeová veem como sendo de origem pagã são proibidas e rejeitadas, enquanto nós, protestantes, no extremo oposto, atualmente ficamos sempre no "não tem nada a ver", "todo mundo faz", sem o mínimo de avaliação bíblica sobre o assunto.

As principais celebrações rejeitadas por eles são:

  • Natal: A celebração do Natal é sem dúvida de origem pagã, afinal a Bíblia nem cita a data do nascimento de Cristo, nem ordena essa celebração, mas ainda sim os cristãos insistem em celebrar essa data, que na verdade tem como origem uma festividade pagã em homenagem ao deus sol (Baal, Solus Invictus, Mitraísmo), cristianizada pela igreja romana e adotada pela maioria dos protestantes (que parecem esquecer o sola scriptura).

  • Páscoa: A Páscoa é uma celebração bíblica sim, mas ordenada única e exclusivamente ao povo de Israel (Números 9:2), com maneiras bem especificas de ser celebrada. Posteriormente à Igreja foi ordenada a celebração da Santa Ceia (Lucas 22:19). Além disso, a Páscoa bíblica não se parece em nada com a Páscoa popular, cheia de chocolates e coelhos, símbolos pagãos.

  • Ano Novo: A celebração ocidental do Ano Novo teve origem em um decreto do governador romano Júlio César, que dedicou este dia a Jano, o deus dos portões, assim o mês de Janeiro, deriva do nome de Jano, em sua homenagem.

  • Aniversários: A Bíblia só fala da celebração de aniversários duas vezes, e os dois casos são de pagãos (Faraó em Gênesis 40:20 e Herodes em Mateus 14:6). Não era comum a celebração de aniversários na antiguidade, sendo reprovada pelos judeus, como uma celebração idólatra, e por Orígenes (um dos pais da igreja). Onde está o paganismo desse tipo de celebração? Nos símbolos: velas, bolo, presentes, parabéns, etc. Os bolos de mel eram sempre redondos como a lua e iluminados com velas, assim eram colocados nos altares dos templos pagãos como oferta aos deuses; As velas, na crença popular, são dotadas de poderes mágicos para atender pedidos e afastar maus espíritos; Dar presentes resultaria em proteção ainda maior; Tudo era feito para proteger o aniversariante, pois acreditava-se que neste dia ele estaria mais "sensível" ao mundo espiritual.

  • Dia das mães: As mais antigas celebrações do Dia da Mãe vem da Grécia Antiga, em honra de Rhea, mulher de Cronos e mãe dos deuses gregos. Em Roma, as festas foram adaptadas, dedicadas a Cybele, a mãe dos deuses romanos. Durante o século XVII, a Inglaterra celebrava no 4º Domingo de Quaresma (40 dias antes da Páscoa) um dia chamado “domingo da mãe”, que a medida que o Cristianismo se espalhou pela Europa passou a homenagear a “igreja mãe”. Ao longo dos tempos a festa da "Igreja Mãe” foi se misturando com a celebração do "domingo da mãe", e as pessoas começaram a homenagear tanto a Igreja como as suas mães.

  • Dia dos namorados: O Dia dos Namorados foi introduzido no Brasil, em 1950, pelo publicitário João Dória, quando ele criou um slogan de apelo comercial que dizia "não é só com beijos que se prova o amor". A intenção de Dória era criar o equivalente brasileiro ao Valentine's Day - o Dia dos Namorados - comemorado nos Estados Unidos em fevereiro. São Valentino foi um padre martirizado em Roma, no ano 270 d.C. A ligação de seu nome aos namorados deve-se ao fato de a data coincidir com o dia de um antigo Festival da Fertilidade. O evento, uma festa pagã, era realizado na Antiga Roma. Lá, dedicava-se o dia aos deuses Lupercus e Juno, protetores dos casais. A troca de presentes entre os namorados já era um hábito naquele tempo.

  • Feriados nacionais políticos: Feriados que enaltecem pessoas ou organizações humanas não são aceitáveis para as Testemunhas de Jeová.

Por tudo já pontuado acima, a Sociedade das Testemunhas de Jeová é considerada uma seita oriunda do protestantismo, mas que seguiu novos rumos, podendo até ser caracterizada como uma nova religião.

Fontes:

jw.org

http://abibliatemtodaverdade.blogspot.com.br/2015/04/jesus-morreu-em-numa-cruz-ou-em-numa.html

https://www.youtube.com/user/MrEvsa12/videos

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_Torre_de_Vigia_de_B%C3%ADblias_e_Tratados

https://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Taze_Russell#Livros_publicadoshttp://www.4jehovah.org/pt-pt/fatos-que-a-torre-de-vigia-nao-quer-que-voce-conheca/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_Torre_de_Vigia_de_B%C3%ADblias_e_Tratados

https://pt.wikipedia.org/wiki/Tradu%C3%A7%C3%A3o_do_Novo_Mundo_das_Escrituras_Sagradas

http://desafioscristao.blogspot.com.br/2011/04/testemunhas-de-jeova-indice.html

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@2014  Quem deu crédito à nossa pregação? Isaías 53:1

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